O Silêncio do poeta
esconde-se em cada verso
lírico, louco e pateta
mudo, vazio, disperso
ou então hermético e obscuro
cheio de tudo e de nada
o silêncio do escrevedor do futuro
em escrita moderna e premiada
mas o Silêncio continua escondido
num som rouco de noite escura
não é lido nem escrito, só pressentido
descoberto, por quem anda perdido
longe, muito longe, de toda a literatura
e em si mesmo o encontra, aberto, claro e renascido.
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