sábado, janeiro 28, 2006
O CRESCIMENTO ECONÓMICO E A LIBERALIZAÇÃO
Dedicado a João Carlos Espada, José Manuel Fernandes and friends
"A última década fez aumentar o fosso entre os países «mais pobres» e os «mais ricos» do mundo, revela o estudo «O Crescimento não está a funcionar: a distribuição desigual de custos e benefícios do crescimento económico», apresentado esta semana pela New Economics Foundation (NEF), uma instituição independente de pesquisa da Grã-Bretanha.
Segundo os investigadores da NEF, «os dados mostram que o crescimento económico sozinho não gera distribuição de rendimento, como defendem algumas receitas económicas ortodoxas». Um dos casos mais paradigmáticos, citado no estudo, é o do Brasil, país que, apesar de ser uma das maiores economias mundias, poderá levar 304 anos a atingir o mesmo nível de distribuição do rendimento dos países ricos.
«A nossa obsessão com o crescimento e a busca incessante de um sistema global que cria ainda mais dependência de crescimento colocou-nos numa estrada para a perdição», afirma David Woodward, chefe do programa da NEF e investigador principal do referido estudo.
De acordo com a investigação, «de cada 100 dólares de aumento do rendimento mundial entre 1990 e 2001, os mais pobres ficaram com apenas 60 centavos. Isto representa uma queda de 73 por cento em relação aos 2,20 dólares ganhos durante a década de 1980», que, curiosamente, foi então considerada uma «década perdida».
Os autores acrescentam que, para piorar a situação, os danos ambientais e as alterações climáticas estão a afectar mais os países pobres."
Maria Luiza Rolim no Expresso on line
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