Na primeira página do Público pode ler-se:
“Portugal à beira de crise social de contornos difíceis de prever, considera a SEDES”
E em subtítulo:
“Associação alerta para falta de confiança nos políticos, e presença asfixiante do Estado na Sociedade”.
Pois é.
Só que o Publico omite nos títulos, outro factor que contribui, na opinião da SEDES, para “um mal estar difuso”, que “alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”: A Comunicação Social.
Por isso aqui fica a parte do artigo da SEDES naquilo que se refere à Comunicação Social e que se pode ler no interior.
“Outro factor de degradação da qualidade da vida política é o resultado da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz. E a sensação de que a justiça também funciona por vezes subordinada a agendas políticas.
Com ou sem intencionalidade, essa combinação alimenta um estado de suspeição generalizada sobre a classe política, sem contudo conduzir a quaisquer condenações relevantes. É o pior dos mundos: sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a; a banalização da suspeita e a incapacidade de condenar os culpados (e ilibar inocentes) favorece os mal-intencionados, diluídos na confusão. Resulta a desacreditação do sistema político e a adversa e perversa selecção dos seus agentes.
Nalguma comunicação social prolifera um jornalismo de insinuação, onde prima o sensacionalismo. Misturando-se verdades e suspeitas, coisas importantes e minudências, destroem-se impunemente reputações laboriosamente construídas, ao mesmo tempo que, banalizando o mal, se favorecem as pessoas sem escrúpulos".
Tinha sido bonito se o Público tivesse dado um relevo igual aos Politicos e à Comunicação Social na criação do "mal estar".
Ao salientar no título, apenas a acção dos "Políticos" e omitindo a acção da "comunicação social" está exactamente a agir no campo do sensacionalismo que alimenta o tal "mal estar" denunciado!
No Publico não há quem saiba ler?
publicado por Oscar Carvalho no Blog A PENTE FINO
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