quarta-feira, março 26, 2008
OS JOGOS DE PODER E LIBERDADE
As autoridades chinesas prometem esmagar os protestos no Tibete, uma ameaça que é para levar a sério tratando-se, como é o caso, de um regime ditatorial que sabe impor a sua colossal força económica para garantir o silêncio e conivência internacional perante o sistemático desrespeito pelos direitos humanos. Um único problema. Os Jogos Olímpicos têm que ser um sucesso que não pode ser importunado. Os Jogos Olímpicos não são uma prova desportiva para a gerontocracia de Pequim. São o supremo acto de branqueamento de um regime que usa a memória histórica de Mao para legitimar socialmente o trabalho escravo e conta com a simpatia de um capitalismo que nunca convive mal com a falta de liberdade politica e sindical quando esta lhes garante os melhores salários e os melhores horários.
Alheio a tudo isso, o PCP garante que “está cada vez mais claro que estes incidentes têm como objectivo político comprometer os Jogos Olímpicos". Em nome de um sectarismo só possível a quem nunca compreendeu a queda do muro, resta ao PCP a associação a regimes como o chinês ou o da Coreia do Norte. Convenhamos que não é um grande cartão de visita para quem, entre portas, se reivindica portador de um discurso de defesa dos valores democráticos e da liberdade sindical.
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