quarta-feira, abril 23, 2008

O CAVACO NÃO CHEIROU O EXCESSSO DE ESTRUME DO JARDIM

• Alfredo Barroso, Jardim, Cavaco e a Democracia [Sol de 19 de Abril]:

“Foi com surpresa que vi o Presidente da República invocar o «direito de reserva» - não o «dever» mas o «direito», note-se! – para se eximir a uma condenação pública do comportamento antidemocrático de Jardim. Não se quis meter em sarilhos, metendo na ordem o truão que governa a Madeira. Fez mal. Tal como fez mal em aceitar que fosse suprimida a habitual sessão solene da Assembleia Legislativa, o órgão de representação democrática por excelência. Cavaco Silva confirma, assim, a suspeita, gerada enquanto foi Primeiro-Ministro, de que também não aprecia especialmente parlamentos. Há sinais que perturbam e este é um deles. É lamentável que Jardim continue a ser o último a rir.”

• Miguel Sousa Tavares, Cavaco no estrangeiro:

“A visita de Cavaco à Madeira é uma nódoa que não sairá tão cedo, um momento de vergonha e capitulação que veio manchar uma Presidência até aqui pacífica, louvada e isenta de riscos. Mas, na primeira vez em que tinha de correr riscos políticos e assumir-se como representante primeiro da nação portuguesa, Cavaco Silva mostrou a massa de que é feito.”

• Vicente Jorge Silva, Carta aberta ao Presidente da República:

“Na Madeira, o senhor não foi — não soube ser — Presidente de todos os portugueses, como solenemente prometeu no início do seu mandato. E quem não o é — não o soube ser — na Madeira, poderá sê-lo noutros recantos do país? Eis a questão que, a partir daqui, é legítimo colocar.”


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