“Apesar de toda a contestação, o Partido Socialista continua, a um ano das eleições legislativas, no limiar da maioria absoluta, e José Sócrates com um saldo de popularidade invulgar. Este mês o PM volta a subir mais umas décimas estando quase nos 30%, sendo apenas ultrapassado pelo Presidente da República. À esquerda do PS, PCP e BE mantêm a tendência de subida, atingindo – quando somados – 18,8% das intenções de voto. Já os partidos à direita dos socialistas – PSD e CDS/PP – reúnem 33,2% das intenções de voto, estando assim abaixo do resultado obtido nas últimas eleições legislativas.
No mês em que se demite e depois de conhecida a sua decisão, Luís Filipe Menezes obtém a sua maior subida e atinge o saldo positivo que lhe escapava há seis meses estando próximo dos 4%.
Por outro lado, Cavaco Silva regista a sua maior quebra na bolsa de popularidade, porventura resultado da condescendência com que tratou o presidente do governo regional da Madeira durante a sua recente visita à região. O Presidente da República cai 7,4% em termos de popularidade podendo inferir-se deste resultado que, ao contrário da doutrina fixada por Jorge Coelho para o PS, quem não se mete com Alberto João Jardim, leva!
Que segredo terá José Sócrates para manter a sua popularidade tão elevada? Será mesmo que, para os continentais, elogiar Jardim é motivo de punição? \Se sim, que leva o líder regional a sonhar a liderança do PSD?”
DANIEL DE OLIVEIRA no BLOG ARRASTÃO
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