Se o ridículo pagasse imposto tinhamos o problema do défice resolvido!
Estava na hora
As falências são aquilo que permite ao capitalismo duas coisas: uma, obrigar as empresas a fazer melhor; quem não melhora (baixando os custos, aumentando a qualidade ou a produtividade) sai de cena; outra, introduzir uma certa moralidade no sistema: um sistema que fosse só despedimentos e flexibilização laboral e não punisse empresários ou gestores pelos seus erros não mereceria efectivamente o apoio de ninguém a não ser dos interessados.
Justamente, se há algo que distingue o capitalismo do socialismo é que no socialismo não há falências. Daí que tivesse de ser o sistema inteiro a falir, como aconteceu entre 1989 e 1991.
Gestores, feiticeiros financeiros e outros ases são normalmente uns grandes machos a explicarem ao comum dos mortais que têm de ser despedidos mas que eles próprios têm de ganhar salários e dividendos astronómicos, tudo em nome do “progresso económico”. O espectáculo que deram nos últimos meses, pedinchando salvação e subsídios ao Estado, é deprimente. Mais deprimente foi a correspondência do Estado, que os afogou em dinheiro, naquilo a que alguém já chamou um “Welfare State for bankers”. Parece que agora chegou ao fim. Time to be macho again.
De LUCIANO AMARAL no GATO DO CHESHIRE
Este Post foi escrito antes do FED ter salvado da falência a seguradora AIG!
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