sexta-feira, dezembro 19, 2008

AS SONDAGENS NÃO VALEM NADA!!!!!

Sondagem dá ao PSD o pior resultado em dois anos

Socialistas passam a ter uma vantagem de 11%, mas os dois partidos à sua Esquerda sobem

00h30m

PAULO MARTINS

O PSD está em acelerada perda de credibilidade enquanto alternativa de poder. Na sondagem realizada pela Universidade Católica para o JN, a RTP e a Antena 1, não ultrapassa os 30%, o pior resultado do partido em dois anos.

A conclusão resulta do cruzamento de um conjunto de variáveis. A desvantagem dos social-democratas em relação ao PS aumentou para 11 pontos percentuais. A líder, Manuela Ferreira Leite, perde popularidade. Finalmente, o estudo de opinião indicia que os eleitores do PSD depositam mais esperanças em Cavaco Silva (ler texto na pág. 5).

No que diz respeito às intenções de voto, a percentagem atribuída ao PSD constitui o pior resultado de entre as oito sondagens efectuadas pela Universidade Católica para desde Outubro de 2006. Até no pior momento da liderança de Luís Filipe Menezes - Fevereiro desde ano - o score foi superior (32%).

Mais amarga, para o partido, é a constatação de que é o único que perde influência eleitoral - nada menos de quatro pontos percentuais de uma assentada - em parte, por certo, para o CDS/PP, cuja performance se revela surpreendente.

De vento em popa continuam os socialistas. Aparentemente, resistem a tudo. Nem o protesto social expresso na greve dos professores, nem o impacte económico da crise financeira, nem tão-pouco o efeito político do Fórum das Esquerdas, que teve lugar no fim-de-semana em que foi feito o trabalho de campo da sondagem, têm o condão de desgastar o Governo ou sequer afectar o grau de adesão dos eleitores ao partido, que permanece elevado, acima dos 40%.

Os registos de José Sócrates e, em especial, do Governo (ler texto na página seguinte) consolidam a percepção de que o PS está em condições de voltar a vencer as eleições legislativas. A repetição da maioria absoluta no próximo ano, sendo um cenário em perspectiva, é tanto mais provável quando maior for a dispersão de votos pelas forças políticas adversárias. Não deve, porém, ser ignorado o facto de a margem de erro da amostra se situar nos 2,8%.

Os dois partidos mais à Esquerda do espectro político têm razões de sobra para alimentar o optimismo. A CDU regressa aos dois dígitos, atingidos em Julho passado, enquanto o Bloco, a crescer desde então, fica perto, ao bater o seu recorde. As duas formações obtêm em conjunto 19%, valor do qual nunca sequer se tinham aproximado desde que a Católica produz sondagens para os três órgãos de comunicação.

Ambas registam, ainda, um reforço de confiança como alternativa de Governo, pouco habitual nestes estudos, embora tenha diminuído ligeiramente a popularidade dos respectivos líderes, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, respectivamente.

Finalmente, o CDS, cuja assinalável recuperação no domínio das intenções de voto empresta um suplemento de alma a Paulo Portas. Agora que enfrenta uma vaga de deserções de militantes, depois de ter sido confirmado na presidência. Os 4% atingidos reconduzem o partido ao nível de implantação eleitoral que tem vindo a revelar. O salto para seis pontos percentuais, registado na sondagem de Outubro de 2007, constituiu uma excepção à regra.

1 comentário:

Teresa Durães disse...

com a Ferreira Leite à frente do PSD...