"Em Vila Franca do Campo, um médico de clínica geral, natural de São Miguel, foi condenado a uma pena suspensa de quatro anos. Era acusado de abusar sexualmente de duas crianças, entre 2004 e 2006, durante as suas férias na ilha. A mãe e a avó das menores, acusadas de omissão do dever de vigilância das crianças, foram absolvidas. Na fixação da pena suspensa, o júri considerou "não se ter apurado especiais sequelas para os menores", a confissão do arguido, o seu arrependimento e ausência de antecedentes criminais. "A simples censura do facto e a ameaça da prisão realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição", concluiu o júri." - Público
Escuso-me a fazer comentários sobre este caso que neste momento seriam em tom e linguagem desadequada ao registo deste blogue, mas ler estas passagens do artigo - "não se ter apurado especiais sequelas para os menores" e - " a simples censura e ameaça de prisão..." provocam-me um sentimento atroz de absoluto nojo, repulsa e revolta em relação este caso e, infelizmente, agravam o sentimento de partilho com muitos portugueses de que a nossa Justiça, pilar basilar de qualquer democracia, está doente.O problema é quando são "os médicos que deviam tratar da doença da justiça" a verdadeira bactéria que destrói o sistema....
Nota: por "médicos que deviam tratar da doença da justiça" refiro-me a todos os operadores e agentes da justiça! De que vale ao legislador entupir o Diário da República com leis, boas, más e "assim-assim", se depois falha a monitorização da aplicação e a avaliação de resultados?
Do Blog A REGRA DO JOGO
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