‘Esta tese dos funcionários públicos
ganharem mais do que os privados foi alimentada pelo Banco de Portugal,
pela banca, por associações empresariais e por outra rapaziada desse
tipo.
Convém no entanto não confundirmos o género humano com o
Manuel Germano. Os níveis de qualificação dos recursos humanos da função
pública - com ampla presença de médicos, professores, juízes e outros
técnicos superiores - são, como é evidente, bastante superiores aos das
empresas. Por isso, é natural que, em média, as remunerações da função
pública sejam superiores às da privada. Pelos vistos, o actual Governo
não descansará enquanto não colocar os dirigentes da administração
pública, os médicos e os professores (universitários, do ensino básico e
secundário) a ganhar ao nível de um operário têxtil ou da construção
civil...
Comparando o que é comparável - ou seja, funções
equiparáveis entre entidades públicas e privadas - verifica-se que os
privados ganham bastante melhor, sobretudo, no caso dos dirigentes e dos
técnicos superiores. Para quem se quiser dar ao trabalho, há diversos
estudos do Eugénio Rosa sobre este assunto.’
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