Caros Amigos!
Ora cá estou eu mais uma vez com os meus mails de reformado viajante que, para meu espanto, vão sendo recebidos com algum agrado por amigos dotados de tempo, pachorra e alguma generosidade. Desta vez a viagem foi pela chamada Indochina. É uma designação caída em desuso , uma invenção francesa enquanto potência colonial que, durante cerca de 100 anos, até finais da Segunda Guerra Mundial, administrou com mão de ferro e domínio militar os três países a que chamou Indochina e que agora visitámos.
CAMBODJA 
LAOS 
VIETNAME
Esta designação é comoda de usar sempre que me referir aos três países visitados e designa uma região realmente situada entre a India e a China, designação que, por vezes, era extensiva também às vizinhas Tailândia e Birmânia!
Vejamos, para começar o mapa da região e do percurso que percorremos, saltando de avião de cidade em cidade, única forma de, em 15 dias ,visitar as principais zonas de interesse turístico dos três países. É evidente que muitos aspectos ficaram por ver ,mas a viagem, foi, mesmo assim, muito interessante e valeu bem a pena. O que irei relatar são as minhas impressões de viagem, ilustradas com fotos minhas e com links para informação adicional. Trata-se portanto de uma visão necessariamente parcial e algo subjectiva de um turista /viajante interessado, mas sempre apressado!
Por razões económicas, o preço da passagem aérea para Ho Chi Min, e logísticas , recomendaram-nos descer e não subir o Vietname , voámos de Lisboa , via Dubai , para a antiga Saigão, agora Ho Chi Min a segunda cidade do Vietname, a capital económica e não política do país e depois seguimos para o Cambodja.
Não tendo visitado verdadeiramente Ho Chi Min , o que só faríamos no fim da viagem, fomos visitar durante dois dias o delta do Rio Mekong a sudoeste de
Ho Chi Min , o que nos vai dar ocasião de começar este relato falando sobre o grande rio Mekong, um dos grandes rios da Ásia, e do seu Delta.
O nome Mekong vem dos idiomas tailandeses e significa Mae Nam Khong, onde Mae pode ser traduzido como Mãe, e Nam como água. A bacia do Mekong tem uma das biodiversidades mais ricas do mundo. Mais de 1200 espécies de peixe já foram descobertas na área e são uma fonte vital para a dieta da população local.
Durante a viagem vamo-nos encontrar várias vezes com o Mekong onde iremos mesmo navegar. Por agora concentremo-nos no chamado Delta do Mekong
Ao rio Mekong propriamente dito, que se decompõe em três “rios principais” e centenas de canais, junta-se um outro rio o Bassac (designação cambodjana) , emanação do Mekong desde Phnom Penh , capital do Cambodja, e que atravessa a fronteira com o Vietname separado e desagua no mar também em separado, ver no mapa o “rio “ mais a sul, é ligado por vários canais ao Mekong principal. Ao norte temos ainda o rio Saigão que atravessa Ho Chi Min e desagua num pequeno delta, cerca de 20 km mais a norte, contribuindo para uma bacia hidrográfica muito extensa a que habitualmente se denomina ,no seu todo, como
Delta do Mekong!
Historicamente, esta região a que os franceses chamaram a Conchichina (lembram-se os velhinhos como eu que na nossa juventude “conchichina” era sinónimo de região muito distante ), pertenceu até fins do Sec. XVII ao grande império Kmer, o Cambodja de então , com a capital em Angkor.
Começando a ser povoado no Sec. XVII por populações vietnamitas em expansão, vindas do norte do que é hoje o Vietname, juntando-se aos kmeres que habitavam a zona, acabou por se anexado militarmente. Os cambodjanos ainda hoje guardam um certo ressentimento aos vietnamitas por este facto histórico, que obviamente ninguém hoje contesta.
Como referimos não iremos falar de Ho Chi Min o que guardaremos para o último mail . Limito-me a dar-vos umas vista , sobre o Rio Saigão, do terraço do nosso esplendoroso Hotel MAJESTIC, um dos vários hotéis do tempo dos franceses , ou seja dos anos 20 ou 30 do século passado …..
…….que estão sendo renovados mantendo, por vezes, a traça original, ver as fotos seguintes , o que representa uma aposta muito séria dos vietnamitas no turismo de qualidade, que me parece que está sendo ganha, atendendo ao número elevado de turistas que fomos encontrando nas nossas andanças.
Saímos do Hotel em direção à zona de Cai Be que assinalámos nos mapas seguintes, a mais de duas horas por estrada de Ho Chi Min.
Foram mais de duas horas de autocarro de Ho Chi Min a Cai Be o que me permitiu , a mim fotografo fanático, ir tirando fotografias , a maioria das quais imprestáveis, e as outras sem grande qualidade, mas que foram documentando este meu primeiro contacto com o Vietname que, de acordo com um dos nossos guias, é um país com um governo comunista de partido único , mas, tal como a China, de economia cada vez mais capitalista!
Foi assim o meu primeiro contacto com as “nuvens” de motocicletas que estão em grande número por todo o lado.
Em Ho Chi Min , cidade com 10 milhões de habitantes , há 5 milhões de motocicletas!
Dantes eram bicicletas agora , com a subida do nível de vida, as bicicletas passaram para segundo plano
para alguns os alunos do secundário com as suas fardas escolares
~
ao longo da estrada centenas de lojas, oficinas, casas de habitação de aspecto precário como é hábito em grande parte da Ásia
mostram bem o espírito laborioso e “desenrasca” dos vietnamitas
onde, por vezes, se encontram sinais de “modernidade” urbana
e de uma certa religiosidade que se conserva
e os mortos da família, que se querem perto, mesmo em zonas mais urbanas e não só em zonas mais rurais
Tudo se comercializa
que a sobrevivência económica aguça o engenho
o partido mostra-se, mas não atrapalha o negócio do dia a dia
laboriosos e inventivos os vietnamitas até descobriram os “hamac cafés”. Pode-se tomar qualquer coisa e dormir uma soneca na rede, o tempo
que se pretender, sem aumento de preço ( espantoso!)
chegámos por fim a Cai Be onde nos limitámos a tomar o barco para o Resort
umas primeiras impressões do tráfego intenso num dos ramos do Delta desde Cai Be ao “Resort” situado numa enorme ilha de um dos grandes canais
do Delta (ver mapa)
até chegarmos ao cais do “resort” onde estavam atracados barcos para passear a turistada!
e eis-nos num belo “resort” à beira de um dos canais do Delta!
vendo passar os barcos no canal
preparados para umas belas passeatas que reportarei no próximo mail, que este já vai longo!
Deixo-vos com uma bela flor local para alegrar o ambiente!
continua….
Nota: Aceitam-se, de bom grado, sugestões, reclamações e correcções a estes mails!
Um abraço
JOAQUIM CASTILHO
1 comentário:
Boa ideia. Gosto de ver aqui a descrição da visita, o documentário, dados úteis. Obrigada pela partilha. é como se estivéssemos a passear. E são locais lindos.
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