terça-feira, março 10, 2015

O ESTADO ISÂMICO perdão JUDAICO

Ministro de Israel defende decapitação de árabes israelitas desleais

por Lumena Raposono DN
Avigdor Lieberman, chefe da diplomacia de Israel
Avigdor Lieberman, chefe da diplomacia de IsraelFotografia © REUTERS/Amir Cohen

Lieberman advogou "cortar as cabeças" aos árabes que não sejam leais para Israel. A declaração do ministro provocou críticas por parte de ex-diplomatas israelitas e de cidadãos árabes israelitas.

"Quem está connosco deve ter tudo. Mas quem está contra nós, não há nada a fazer. Temos de levantar um machado e cortar-lhe a cabeça, ou não conseguiremos viver aqui", disse Avigdor Lieberman ao falar, no domingo, numa sessão de propaganda eleitoral perto de Telavive.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel e líder do partido Yisrael Beiteinu (direita) explicou que os cidadãos de Israel "que levantam uma bandeira preta no Dia da Nakba estão deslocados, no que me diz respeito, e estou desejoso de os doar ao chefe da Autoridade Palestiniana Mahmud Abbas. Será um prazer".
O Dia da Nakba (Tragédia) corresponde, para os palestinianos e árabes israelitas, ao dia da criação do Estado de Israel.
Uma estudante árabe que estava na audiência manifestou o seu desconforto face às declarações de Lieberman a quem acusou de estar a afirmar que ela não pertence a Israel. "É uma cidadã de Israel e não há qualquer problema com isso. Espero que cada cidadão árabe, cristão ou judeu seja leal ao nosso estado, sem qualquer ligação com a religião, e faça o serviço militar", retorquiu o ministro.
As afirmações de Lieberman, que emigrou da Rússia para Israel, não desagradou apenas à estudante árabe. Daniel Shek, ex-embaixador em França, e Alon Liel, ex-embaixador na África do Sul e diretor-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros também não gostaram. "O diplomata número um de Israel está a agitar um machado sobre as cabeças de cidadãos do país que ele representa, e, ao mesmo tempo, prega a todo o mundo sobre a luta contra o anti-semitismo", consideraram os diplomatas.

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