segunda-feira, março 23, 2015
UM ACORDÃO DO CORREIO DA MANHÃ
Não sei se José Sócrates está a ser investigado pelo menos há «dez anos», como afirmaram os advogados João Araújo e Pedro Delille. Mas o que sei é que a forma chocarreira como está redigido o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa dá fortes argumentos aos que sustentam que há uma cavada acrimónia do aparelho judicial em relação a José Sócrates, em resultado de o Governo por si dirigido ter eliminado algumas prerrogativas de que os magistrados beneficiavam.
Na sexta-feira, dia 13 de Março, o Jornal de Negócios aflorava o assunto numa peça intitulada «Os lóbis que Sócrates desafiou». Um dos «lóbis» é, segundo o jornal, a magistratura, que terá feito «grandes protestos» quando o governo socialista decidiu reduzir as férias judiciais.
A peça ignorava no entanto uma outra medida que terá provocado uma enorme contestação: a eliminação do subsistema de saúde dos operadores judiciais, tendo os seus beneficiários sido incorporados no sistema de saúde no qual estão integrados os servidores do Estado (a ADSE). Veja-seaqui, a título de exemplo, a forma empolgada de que se revestiu a contestação a estas duas medidas no seio da magistratura.
Ora o estilo do acórdão do Tribunal da Relação, recheado de chalaças, não ajuda a afastar a ideia de que a vingança se serve fria.
DO BLOG CÂMARA CORPORATIVA
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