domingo, maio 17, 2015

CATROGUICES

A arma secreta de Passos
denuncia o programa para os próximos quatro anos

— Deixa, Pedro, que eu preparo-os para os cortes.

Eduardo Catroga foi o responsável pelo programa eleitoral do PSD em 2011. Como recompensa, o Partido Comunista da China foi alertado de que lhe deveria ser dada, após a privatização, uma prateleira dourada na EDP. Assim aconteceu.

Agora, a coligação da direita pede a Catroga um último serviço: abrir caminho a novos pacotes de austeridade, especificamente para promover mais e mais cortes na despesa pública. Para isso, ele assentou arraiais no Público: na semana passada, uma inesperada entrevista e, hoje, um artigo de «opinião».

A tese de Catroga é simples: a consolidação orçamental está a ser feita sobretudo pelo aumento de impostos e não por cortes na despesa. Esta tese tem um problema: não corresponde à realidade, comoPedro Adão e Silva o demonstrou no Expresso.

Ora, ao continuar a insistir que o Governo não foi «além da troika», Eduardo Catroga acaba é por anunciar o programa que os estarolas colocariam em prática, caso vencessem as eleições: cortar (ainda mais) salários e pensões. A ministra das Finanças já disse, de resto, que os pensionistas CGA sofreriam um corte de 600 milhões de euros.

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