terça-feira, junho 30, 2015

O VÓMITO SEMANAL DO DN



Alberto Gonçalves recomenda o Aspirina B


Alberto Gonçalves, o “pena d’ouro” do publicismo da gente séria, fez um elogio a este humilde blogue. Cá está ele:
Não satisfeito, gastou ainda umas centenas de caracteres a promover um texto da Isabel. O texto merece o encómio e estou certo de que muitos leitores desta ilustre cabeça de martelo terão ficado agradecidos pela sugestão.
Alberto Gonçalves, sendo pago para escrever na imprensa de referência graças aos méritos intelectuais de que dá capitosas provas semanais, confronta-se com a angústia de todo o escriba profissionalizado: escrever acerca do quê? A repetição, o cansaço, as salas cheias de troféus, as costas maceradas pelas palmadas e abraços viris do clã, podem levá-lo para ocasionais estados de acédia. É assim que explico esta surpreendente referência ao nosso pardieiro. Um recurso algo desesperado numa daquelas semanas em que não se sentia com motivação que o levasse para paisagens mais animadoras. Évora, por exemplo.
Todavia, seria de um grande umbiguismo se não aproveitássemos a ocasião para aprender com o Alberto Gonçalves. E é impossível sair da leitura do seu A crise explicada às criancinhas sem esse sentimento de transformação interior frequente quando tocamos nos pés dos mestres. Tal metanóia não me ocorreu na sua brilhante exposição acerca da crise grega, um portento de argúcia política e sofisticação sociológica, nem na sua outrossim brilhante crítica a Soares e ao Papa Chico, um genial golpe de judo onde se aproveita o balanço com que se derrubam os esquerdalhos da malsã preocupação ambiental para de imediato se içar a bandeira do comércio livre como milagre redentor que nos livrará da pobreza. Na, népias. O que me arrancou ao desgraçado e vil estado de… de… como é que é mesmo o termo… ah, encontrei!… de “socratismo”… isso… pois o me arrancou das suas garras diabólicas foi a passagem em que o Alberto (Beto entre os amigos?) nos convida a procurar fotos de Beatriz Gimeno. A lógica é a de que no confronto com essas imagens iremos de imediato encontrar a razão pela qual a senhora anda com umas ideias bué esquisitas acerca da heterossexualidade. Ora, foi isso que fiz. E foi isto que aprendi com o conselho: se a Beatriz Gimeno fosse linda e boa, ou apenas linda ou só boa, ou se pertencesse à mole imensa das comestíveis apesar de não ser nem boa nem linda, tudo isto adentro dos critérios fotográficos do plumitivo, então, nesse caso, consequentemente, já não teria qualquer aversão ao convívio com os falos impantes e/ou murchos e seus desvairados adereços corporais que trazem por arrasto, e essa simpatia, esse gostinho, essa ocupação quiçá diária tantos os falos e as tarefas inerentes à sua satisfação, evitaria que a sua frágil inteligência fosse tomada de assalto por ideias esquisitas, e logo essas que anda a espalhar, o camafeu.
É um raciocínio do caralho. Literalmente. Ficando-me só esta questão por esclarecer: Beto, meu novo amigo, quanto é que sacas ao DN por textículo?

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